sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A IGREJA É COMUNHÃO

A austeridade do Papa no seu quarto é simplesmente acirrada, própria do espírito espartano dos jesuítas. O Papa Francisco não está habituado a dar lições e sim, trocar informações com o seu próximo. O Papa se julga um pecador, mas confia na sua reabilitação pronunciada pela Providência Divina, o Papa aqui, é um membro da Igreja como outro qualquer. Segundo ele [o Papa] escolheu a Ordem dos Jesuítas pelo fato deles se realizarem com a comunidade através da disciplina e da organização. Um jesuíta ser Papa significa estar preocupado com as pequenas coisas onde discernimos a presença de Deus. Através do discernimento desvendamos aos poucos as inovações e assim, sem nenhuma pressa, tomamos decisões certas em relação a elas. O jesuíta tem que ter a mente aberta, colocando Cristo no centro até porque nada está completo, cabendo a nós adaptarmos aos novos tempos sempre buscando soluções. A humildade, o sacrifício e a coragem têm que ser as três colunas básicas para a Igreja praticar o Evangelho de Cristo. Não podemos ser autoritários, devemos acreditar no outro levando uma vida mais voltada para o lado místico. Não devemos tomar decisões sem consultar o outro, afinal, a Igreja é povo e ele tem que ser escutado, também.
O Papa não é infalível sozinho, ele só é na comunhão com os fieis [vox populi, vox Dei], esta é a grande verdade porque, repetindo, temos que ser comunhão! 
Assim como os jovens e os velhos, a Igreja Nova deve se aglutinar com a Igreja Velha para todos se sentirem irmãos. Assim como Bento XVI deixou a Igreja para os mais novos de maneira humilde, os mais fortes deverão sanar as feridas propensas às instituições criadas pelos homens, este reconhecimento foi um ato de bravura que deve ser levado adiante como Francisco vem fazendo.
A Igreja tem que revelar a pessoa isenta de preconceitos, procurando caminhos para que ela mostre o Cristo no seu seio. Voltando ao assunto para reafirmar, a Igreja tem que ser comunhão e perdão, os mandamentos evangélicos. A Igreja tem que ser ecumênica, ou seja, todas as partes unidas e a mulher, em especial,  merece um lugar de destaque e, também, um futuro a ser discutido.
Através da contemplação vemos Deus em tudo, até no silêncio, não precisamos provar sua presença, basta-nos apenas senti-la.
Aquele que se diz estar com a verdade, mente e não está com Deus, porque Deus não é a resposta mas sim, a incerteza que nos leva à bondade, e tem mais, a fé baseada nos dogmas é apenas ideológica porque o que importa é sentir Deus em sua vida.
A palavra otimismo deve ser trocada por esperança, porque é ela que nos move a encontrar o verdadeiro caminho do Evangelho.
As artes, a literatura, o cinema são componentes que devem ser levados em conta para a formação do cristão. Tudo o que está sendo dito aqui é uma compilação da entrevista que Francisco I deu no seu quarto, onde ele deixa claro que as fronteiras na vida são muitas e por isso mesmo devemos viver nelas, só assim estaremos atentos aos perigos que nos ameaçam. Assim, Francisco termina dizendo que os dogmas da Igreja são mutáveis de acordo com as mudanças constantes no mundo de hoje. Por fim, ele declara que a reza é uma forma de perpetuar a memória de Deus em cada um de nós.

Anibal Werneck de Freitas.   

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ORATIO AD SANCTO EXPEDITO