sexta-feira, 4 de outubro de 2013

NÃO DEIXE DE PLANTAR SUAS SEMENTES! [Colaboração de Lamartine]


 
Jogando Sementes


Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus das 6:15h e viajava cinquenta minutos até o trabalho. À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.


No ponto seguinte ao que o homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela. Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.


Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa.


Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:


- Bom dia, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela?


- Bom dia, respondeu a velhinha. - Jogo sementes.


- Sementes? Sementes de que?- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia. E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom.


- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos. A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.


- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água.


- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso,


apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer.


Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu “trabalho”.


O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio “caduca”.


O tempo passou...


Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias. A paisagem estava colorida, perfumada e linda.


O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.


- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.


O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. “Quem diria, as flores brotaram mesmo”, pensou. “Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda”.


Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado: Olha mãe, que lindo, quanta flor pela estrada. Como se chamam aquelas azuis?


Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso.




“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.


( Autor Desconhecido )
 
 
 

abs, Fábio Oliveira


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