quarta-feira, 30 de abril de 2014

POR ORDEM DE RATZINGER [BENTO 16]


Igreja contra mulher: padre que defende ordenação feminina é aposentado
Na Austrália um bispo foi afastado da diocese após escrever artigo defendendo que mulheres possam se tornar sacerdotes


A hierarquia católica vem realizando uma série de ações contra padres e bispos que não sigam à risca as orientações do Vaticano. Não se trará, no entanto, de investigações e punições pelos conhecidos casos de pedofilia e abuso sexual envolvendo membros da igreja em todo mundo, mas de repressão e perseguição contra os direitos das mulheres, nesse caso dentro da própria Igreja.

No final de abril o papa Ratzinger demitiu o bispo australiano Dom William M. Morris que em 2006 defendeu a ordenação de mulheres e homens casados como sacerdotes.

A demissão foi divulgada pelo próprio Morris em carta para sua comunidade religiosa. Isso fez com que a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgasse uma nota oficial dizendo que “O Santo Padre, o Papa Bento XVI, removeu Sua Excelência Dom William M. Morris do cuidado pastoral da Diocese de Toowoomba”. A nota divulgada por Roma, no entanto, deu a entender que Morris teria renunciado ao cargo, o que não é verdade. O Vaticano não esclareceu também as razões pelas quais se deu o afastamento.

Morris afirma que após ter escrito um texto no qual “defendia a ordenação de mulheres e de homens casados como alternativa para a escassez de sacerdotes na Igreja” foi aberta uma investigação interna contra ele. Ao ponto de o Vaticano enviar uma pessoa para avaliar sua atuação. Acontece que ele sequer foi informado do resultado da investigação, e afirma nunca ter visto o “relatório preparado pelo visitador apostólico”. Segundo ele, “sem o devido processo, foi impossível resolver essas questões, negando-me a justiça natural, sem qualquer possibilidade de defesa e amparo apropriados em meu nome”. Por isso e por estar consciente de ter apenas expressado sua opinião Morris afirma que não renunciou e nem renunciaria ao cargo.

Apesar da evidente inação e letargia da Igreja diante dos milhares e escandalosos casos de pedofilia e abuso sexual, são diversos os casos de retaliação, afastamento e demissão de padres que se pronunciam contrários às proibições impostas pela igreja, como a camisinha etc. Mas a ordenação de mulheres é um problema particular para a Igreja em todo o mundo.

Este é o segundo caso de afastamento da igreja australiana nos últimos dois anos e ambos pelo mesmo motivo. Em 2009, Peter Kennedy que também se mostrou a favor da ordenação sacerdotal de mulheres.

É importante destacar que nesses casos os padres apenas demonstraram uma opinião pessoal, não tendo se envolvido em nenhuma atividade concreta em favor dessas mudanças. Casos semelhantes aconteceram em outras partes do mundo, como nos EUA, no Brasil e na Espanha.

Tudo isso deixa mais evidente que ao contrário do discurso o problema para a hierarquia da Igreja não é a “injustiça”, a “imoralidade”, a “violência” ou as “ameaças à vida” de quem quer que seja, mas apenas e exclusivamente o poder, o controle, a influência, sobre o Estado, a justiça as instituições em geral, e principalmente sobre as mulheres, setor mais oprimido da população.

[texto extraído de CAUSA OPERÁRIA on line].

comentário do blog, 

o maior país católico do mundo está deixando de ser porque a igreja continua contra os padres casados que querem voltar ao ministério e, também, contra a ordenação de mulheres. 
hoje os evangélicos [nada contra eles] cresceram 30% em virtude desta teimosia da igreja. 
além de poucos padres, a maioria está com mais de 60 anos de idade, francisco I tem que tomar uma atitude severa contra esta situação, do jeito em que a coisa vai, não dou muito tempo para a igreja católica.

anibal werneck de freitas.

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