quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

NATURA E PESSOAS - Capítulo LXX - Numa Pompilius

 








01. Os anjos protegem os homens dando-lhes o pão da vida.

02. Os anjos na glória de Deus vivenciam o regozijo.

03. Os servos através dos anjos adoram o Criador.

04. Os servos perante os anjos contemplam o Pai.

05. Os servos ao lado dos anjos suportam a expiação.

06. Os servos em nome dos anjos cumprem a Santa Missão.

07. Os anjos intermeiam entre os homens e Deus.

08. Os anjos existem para proteger os homens.

09. Assim como os homens, os anjos também erram.

10. Os anjos-caídos são pecadores diante de Deus.

11. Os anjos não têm corpos como os homens.

12. Nem os anjos conhecem a Natureza de Deus.

13. Os anjos apenas sentem a Essência de Deus.

14. Os anjos não se comunicam entre si.

15. Os anjos comunicam com os homens e vice-versa.

16. Os anjos não sabem nada da Essência de Deus.

17. Deus 'É' para os anjos e para os homens.

 

01. Angeli homines custodiunt eis panem vitae dando.

02. Angeli in gloria Dei gaudium experiuntur.

03. Servi per angelos Creatorem adorant.

04. Servi coram angelis Patrem contemplantur.

05. Servi praeter angelos piacula portant.

06. Servi, nomine angeli, sanctam Missionem adimplent.

07. Angeli inter homines ac Deum interveniunt.

08. Angeli sunt homines protegendi.

09. Sicut homines peccant etiam angeli.

10. Angeli, peccatores coram Deo sunt.

11. Angeli non habent corpora sicut homines.

12 Praeterea, Angeli non cognoscunt naturam Dei.

13. Angeli soli Dei essentiam sentiunt.

14. Angeli inter se non communicant.

15. Angeli communicant cum hominibus, et e converso.

16. Angeli non cognoscunt Dei essentiam.

17. DEI ‘EST’ angelis et hominibus.

sábado, 12 de novembro de 2022

DE COMO UM HOMEM RECEBEU O APELIDO DE CORUJÃO EM RECREIO DAS MINAS GERAIS ANTES DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.

 Quem me contou esta história foi o meu pai Antônio Hygino (in memoriam), afirmando que tudo aconteceu realmente. Como vocês podem perceber, esta mania de contar história vem de longe na minha família. Sendo assim, vamos ouvi-lo: "Quando eu abri um barzinho na rua João Perilo, numa casa antiga com telhas de barro, cujo assoalho era de tábuas corridas, em péssimo estado, conheci o  Dinho, irmão do seu Nino que, além de tocar na Banda de Música da cidade, era ferroviário da Estrada de Ferro Leopoldina. Nessa ocasião, Recreio não tinha calçamento, e eu nem era ainda casado com a Wanda. Foi um tempo em que no lado esquerdo da Praça Américo Simão, pra quem sobe pra igreja, morava o Dr. Darcy, médico louvável, tendo no lado oposto, os casarões, do Celino que existe até hoje, em frente ao Grupo Escolar Olavo Bilac, e o da família Melido, que não existe mais. Pois bem, perto desses casarões havia um barranco, que chegava até à linha do trem. Deste modo, com o calçamento da rua, o barranco foi nivelado pela rede ferroviária, para empilhar toras de madeira, pra facilitar o carregamento do trem. Pois é, aí que entra a história do Corujão. Quando chegava o frio, o Dinho, irmão do seu Nino, vestia uma capa preta, e se empoleirava nas toras empilhadas, onde ficava de cócoras se aquecendo sob a luz do Sol. Devido a isso, as pessoas começaram a parar no meio da rua, pra vê-lo. Sendo assim, um dia, alguém estressado de vê-lo todos os dias dessa maneira, não aguentou, e gritou, Saia da tora, Corujão!!!. Ouvindo isso, todo mundo começou a berrar o mesmo: Saia da tora, Corujão!!!. Foram tantas vezes que não deu outra, o apelido pegou. E quando ele se irritava, o pessoal gritava mais ainda: Saia da tora, Corujão!!!". 


NOTA: Eu gravei o meu pai, Antonio Hygino de Freitas (in memoriam), numa fita K7, contando várias histórias interessantes de um Recreio Antigo. Em breve, teremos mais.

Anibal Werneckfreitas, 24/03/2019.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

DE COMO UMA ÁRVORE DITA SAGRADA ASSUSTOU O LUGAREJO DE BREJO DA LUZ NO INTERIOR DAS MINAS GERAIS.




A subida íngreme ia até o topo do morro, numa trilha forjada pela gente do lugar, com o mato espesso, que retardava a caminhada até uma única árvore, bem no alto da colina. Era uma árvore pequena e solitária, que quando contrastava com o por do sol, liberava um cenário bíblico, porque os raios da estrela-mor atingiam-na por detrás e se abriam como um leque em volta da sua copa, era, na verdade, um capricho inexplicável da mãe natureza.
Então, o caso aqui envolve essa árvore, que era considerada sagrada. Quando as pessoas se miravam nela, paravam seus afazeres, se ajoelhavam, e rezavam entoando cânticos de louvor. Os mais velhos diziam ser essa árvore uma réplica da do Paraíso, a proibida por Deus, e causadora da expulsão de Adão e Eva do Éden."Ontem eu saboreei o fruto dessa árvore sagrada, e constatei um sabor amargo insuportável, todavia, mesmo assim, consegui comer um pouco", confessou Expedito para o Seu Antônio da venda, que lhe servia uma branquinha. "Você tá doido, não faça mais isso não, ela é a réplica da árvore do paraíso, que Deus proibiu Adão e Eva de usá-la, portanto, você poderá ser castigado!", censurou-lhe o comerciante. O Expedito virou a bendita goela abaixo e, "Eu não acredito nessas coisas não, é tudo da cabeça do homem, qualquer dia desses vou acabar com essa palhaçada!". "Deixa disso homem, não brinque com coisa séria, lá de cima Ele vê tudo cá embaixo", Ele pode castgá-lo". "Que nada, Ele é a bondade suprema, o máximo que Ele pode fazer é dar um susto nessa gente supersticiosa". "Agora você pegou pesado, ainda bem que sou seu amigo, e somos os únicos aqui na venda, mas, por favor, tome cuidado com o que diz, este lugar é por demais carola, se as beatas ouvirem isso, vão bater no ouvido do padre e aí...". "Aí o quê?, eu sou livre, e tenho o direito de pensar o que eu quero, assim como elas pensam que essa árvore é sagrada, eu penso o contrário". Já bastante nervoso, Expedito foi até o passeio da rua, deu uma cuspida, e voltou, "E tem mais, companheiro, vou lá fora de novo, e gritar tudo isso que lhe falei, bem alto, e em bom tom, aproveite e põe mais uma!". Com as mãos trêmulas, seu Antônio pôs outra dose da mardita e, "Não!, amigo, isso eu não vou permitir na frente do meu estabelecimento, assim você vai acabar com o meu negócio, pense direitinho, não faça isso não!, olha, você nem precisa pagar o que já bebeu, mas pelo amor de Deus, não faça isso não!". Expedito olhou nos olhos do suplicante homem e viu que ele estava muito assustado, "Se aquiete, não vou mais fazer isso não, tive uma ideia melhor, amanhã você verá e, por favor, coloque a saideira, já está ficando tarde". Enquanto Expedito virava o copo derradeiro, Seu Antônio o alertou, como se adivinhasse o que estava para acontecer, "Vê se cure dessa bebedeira, pra não fazer nenhuma besteira, o desrespeito para com esta árvore, certamente se transformará numa maldição muito grande pra você, sem falar no nosso lugarejo, que poderá ser varrido do mapa pelas mãos do Senhor". "E você acredita nessas coisas?, este é o grande problema da humanidade, a facilidade de acreditar em coisas absurdas, a crença nessas coisas é simplesmente assustadora, até quando?, é gente que fala em Deus, e não pratica o perdão, faça-me o favor, não quero mais ouvir nada, pra mim chega!, e volto a dizer que Deus é a bondade suprema!". Assim, cambaleando, Expedito pegou um litro da distinta, pagou a conta, e vazou direto pela porta da frente, sumindo na rua deserta, já escura pela noite chegando, ainda dando pra ver a Árvore Sagrada se delineando sob os últimos raios do sol. Por sua vez, Seu Antônio fechou o bar, tomou um banho, jantou, e foi dormir.
Tudo corria nos conformes, todavia, durante a madrugada, o som de um machado perturbou o povoado, pela primeira vez, e, no entanto, ninguém se levantou pra ver o que estava acontecendo.
Enfim, no dia seguinte, Brejo da Luz acordou em polvorosa. A balbúrdia era geral, todo mundo olhava pro morro, e não via mais a Árvore Sagrada. Como loucos, todos correram morro acima pra ver o que tinha acontecido, e assim, viram a árvore aos pedaços espalhada pelo chão e, quanto ao Expedito, todos sentiram a sua falta. Em meio a tudo isso, alguém gritou: "Estão vendo o que acontece com quem desafia Deus?", vamos rezar e pedir perdão a Deus pelo maluco que fez isso". Seu Antônio ouvia tudo, calado. Segundo a lenda, se isso acontecesse, Brejo da Luz seria varrida do mapa, por isso, todos se ajoelharam, e, temerosos, esperaram pelo pior, ou seja, o aniquilamento total do arraial. Nesse mesmo dia fatídico, uma missa foi rezada em louvor ao Senhor na Capelinha de São Judas Tadeu. Desta maneira, o pessoal, temeroso, ficou esperando pelo dia seguinte. E pra por mais lenha na fogueira, o padre Orlando na homilia, tinha sentenciado, "Deus não vai perdoar tal afronta, pelo visto, o nosso povoado, Brejo da Luz, não passará de amanhã!".
Com estas palavras apocalípticas, ninguém conseguiu dormir naquela noite. Uma vigília varou madrugada adentro, muitas rezas foram rezadas, e assim, finalmente, o Sol apareceu, todos olharam pro céu, esperando pelo pior, todavia, este estava mais azul, que o de costume, até o canto dos galos parecia mais bonito, os passarinhos saindo das árvores em busca do sustento, faziam uma avoaçada nunca vista igual, a natureza parecia transbordar de alegria e, como era de se esperar, "Deus seja louvado!, Ele nos perdoou!", todos exclamavam em uníssono, e, depois de um bom tempo de louvação, a alegria de não terem perdido a pele sobrepujou à perda da Árvore Sagrada, e tudo voltou ao normal.
Apesar desse dia tão alvissareiro, só uma coisa intrigava a todos, ou seja, a venda do Seu Antônio, que estava com as portas fechadas, logo ele, que tinha o hábito de madrugar no seu ofício. Pois é, acharam bastante estranho, e assim, chamaram o Pedrinho, acostumado a ajudar sempre o comerciante, para averiguar o que tinha ocorrido. O menino entrou pela janela quebrada dos fundos, enquanto que, do lado de fora, todos ansiavam pela sua volta. Minutos depois, retornou dizendo que na casa não tinha ninguém, trazendo nas mãos um bilhete. "Que bilhete é este?", perguntou-lhe o sacerdote, tomando-lhe a missiva de modo brusco, a qual passou a ler pra todo mundo ouvir, "O Expedito tinha razão!". Um silêncio se fez ouvir, mas ninguém entendeu a mensagem lacônica, nem mesmo o padre.

Anibal Werneck de Freitas, 08.11.2022

sábado, 30 de julho de 2022

DE COMO O MÚSICO EDUARDO HENRIQUES CONSEGUIU TOCAR AO VIVO NUM CASAMENTO FEITO PELO PADRE HIGINO EM CONCEIÇÃO DA BOA VISTA-MG.

1974, Silvério contratou seu amigo, Eduardo Henriques, músico de mão cheia, de Cataguases-MG, pra tocar no seu casamento, em Conceição da Boa Vista, distrito de Recreio-MG. A cerimônia do casório seria regida pelo padre Higino Latteck, um homem bom, mas muito radical no que fazia, e estava sempre acompanhado de um temperamento muito forte. Uma vez, uma mulher entrou com uma saia curta na Casa de Deus, e, ao vê-la deste jeito, parou a missa, e vociferou, Você não pode ficar aqui vestida assim, vá pra casa e troque a sua roupa por uma mais decente!. Nascido em Insterburg, na Alemanha, em 31 de março de 1905, Padre Higino fugiu pro Brasil, devido à perseguição nazista ferrenha, no seu país, e sendo assim, em 1948, foi enviado pela Diocese de Leopoldina para a Paróquia, Menino Deus, de Recreio, MG. Apesar de ranzinza, ele era um homem muito corajoso, demonstrando isso na tromba d'água de Abaíba, onde salvou muita gente. O padre higino foi pároco em Recreio, duas vezes, de 1948 a 1955, e depois, de 1973 a 1983, ano em que faleceu. Assim como eu, o escriba deste texto, muitos foram batizados e casados por ele, e, o interessante foi quando lhe mostrei o meu batistério, pra poder casar, ele olhou pra mim e sorriu, dizendo, O seu Batistério é o original!. Graças à minha mãe, que o tinha guardado, com muito cuidado. Pois é, o padre Higino era, também, muito brincalhão, porque todas as vezes que encontrava com o meu pai, que tinha o sobrenome Higyno, brincava, E aí parente, tudo bem?. Voltando ao assunto do casamento, o músico, Eduardo Henriques, pegou o seu equipamento de som e rumou pra Conceição da Boa Vista, afim de tocar no enlace do Silvério, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, onde armou a sua aparelhagem musical, perto do altar. A igreja já estava cheia, com os convidados, os padrinhos, as madrinhas e o noivo esperando pela noiva, e, quando o padre Higino saiu da sacristia em direção ao altar, viu o microfone e o teclado, e já foi logo esbravejando, Eu não quero música ao vivo na minha igreja!. O sacristão ao ver o sacerdote zangado, foi até o músico e falou baixinho no seu ouvido, Vá pro coral da igreja, porque lá encima tem um quartinho pra você tocar meio escondido, o padre Higino, devido à sua idade, não está mais enxergando bem de longe, faça isso e deixa o resto comigo. E assim foi feito tudo muito rápido, porque a noiva já estava chegando de carro. Apesar do quartinho apertado e cheio de teia de aranha, Eduardo conseguiu tocar na entrada da noiva, mas antes de começar a cerimônia, o padre Higino, mais uma vez, interrompeu a cerimônia, e gritou, Eu já falei que não quero música ao vivo, fui claro?. Conforme o combinado com o músico, o sacristão conseguiu aquietar o padre, respondendo, Padre, não é música ao vivo, é um disco na eletrola. Como ele não estava mais enxergando direito, prosseguiu o casamento até que notou duas madrinhas e algumas mulheres no banco da frente, usando roupas decotadas, e, deste modo, não deu outra, Saiam da igreja, aqui é a Casa do Senhor, e ele não admite pouca vergonha!. Constrangidas, as mulheres foram para o lado de fora do templo, indignadas, muito tristes por não poderem ver o casório. Do lado de fora do templo, uma delas viu, no terreiro de uma casa, um enorme varal de fraldas secando, porque naquela época, as descartáveis não eram comuns, e assim, uma das mulheres, disse, Eureka!, eu tenho uma ideia genial!, já sei o que vamos fazer!. E, desta maneira, foram até a lavadeira, Minha senhora, desculpe-nos por entrarmos assim no seu quintal, é que estamos com um problemão, e a senhora pode nos ajudar. A princípio, a mulher relutou, mas acabou cedendo, Tudo bem, mas depois me devolvam!. Pode parecer mentira, as mulheres com as fraudas tapando os ombros e os seios, não causaram mais nenhum problema, e o Silvério e a noiva puderam casar em paz.


NOTA: este casamento ocorreu realmente em Conceição da Boa Vista, e foi contado pelo próprio Eduardo Henriques.

Anibal Werneck de Freitas, 2022.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

DE COMO A JACIRA GOSTAVA SEMPRE DE ORNAMENTAR COM FLORES O ALTAR DA CAPELINHA, JUNTO À IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA MATA.




Jacira gostava sempre de ornamentar com flores, o altar da capelinha, junto à imagem de Nossa Senhora da Mata, padroeira do lugar onde morava, ou seja, Piaçoca, um pequeno povoado, que ainda não tinha padre, porque este vinha duas vezes por mês para celebrar a missa, e se chamava Vicente. Pode ser mentira, mas a Jacira trocava a água das flores num jarro grande e transparente, duas vezes por dia, de manhã e de tarde, e isto chamava muito a atenção dos fieis. A água ia até na metade do recipiente totalmente cristalina, parecia um líquido de um outro mundo, porque não, espiritual. Este procedimento da Jacira era impecável e religiosamente cumprido. Ela era uma mulher solteira de 43 anos de idade, que nunca pensou em se casar, morando sozinha numa casa humilde, na periferia, desde quando seus pais morreram, vivendo então dos seus bonitos bordados, muito procurados em toda a vizinhança. Seu cotidiano era simplesmente tranquilo, ou seja, da casa pra igreja e da igreja pra casa, até que um dia, num domingo antes da missa, ela não apareceu pra trocar a água do jarro, e aí todo mundo estranhou, a preocupação foi tamanha que, no dia seguinte, o Faustino foi acionado pra elucidar o caso mas, infelizmente, voltou dizendo que não a tinha encontrado, e que a sua casa estava completamente escancarada. Com esta triste noticia, as pessoas procuraram-na por todos os cantos e nada da Jacira. O padre Vicente, consternado, pediu permissão ao Bispo pra ficar no lugarejo até encontrar a Jacira. Com o pedido aceito, tocou a celebrar uma missa todos os dias em prol da moça desaparecida, proibindo assim a troca da água, até no dia do seu aparecimento. E, deste modo, a água foi ficando turva e as flores murchando a cada dia que se passava. Foi um período muito ruim para aquela gente humilde, tanto assim que muitos ficaram até doentes. O Caso Jacira, como ficou conhecido em toda a região, fez com que os prefeitos das cidades vizinhas agilizassem uma Força Tarefa pra procurar a Jacira, que já era dada como morta. Quando tudo parecia não ter mais jeito, num domingo ensolarado, em Piaçoca, antes da missa, o padre Vicente, ao ver a jarra cheia de belíssimas flores, com uma água divinamente cristalina, vociferou, Quem trocou a água, sem a minha ordem?. Neste exato momento, a igreja ficou toda escura, em plena luz do dia, e uma voz delicada, respondeu, Fui eu, padre, a Jacira!. E deste modo, imediatamente o templo se iluminou, para o espanto de todos, e muitos, atônitos, saíram da igreja gritando, Eu vi a Jacira toda de branco, junto com a Virgem Maria! 

NOTA, Dizem que esta água divina foi retida num recipiente transparente, e se encontra na Capela de Nossa Senhora da Mata, pra todo mundo ver, e, o mais incrível é que anos e mais anos se passaram, e ela continua limpinha do mesmo jeito. Quanto a Jacira ninguém mais ficou sabendo do seu paradeiro. Este caso é fictício, mas pode acontecer, realmente!, Willian Shakespeare nos deixa bem claro, Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia.. E agora?

Anibal Werneck de Freitas, 14.07.2022

quarta-feira, 29 de junho de 2022

DE COMO CONSTANTINO E ALGUNS FIEIS PARARAM DE OUVIR UMA VOZ DO ALÉM NA MATRIZ NOSSA SENHORA DA PIEDADE DE PIACATUBA MG.



Constantino era sacristão da Igreja Nossa Senhora da Piedade, badalava com maestria os sinos das torres, deixava sempre a Sacristia impecável, enfim, gostava muito do que fazia, e era sempre elogiado pelo Padre Rafael. Um dia, enquanto trabalhava, ouviu uma voz sussurrando com muita dificuldade: Me tire daqui, me tire daqui... O som vinha de todas as paredes, e a igreja, além de grande, era ornamentada por uma decoração do século XIX. Isto que lhe acontecia não era todos os dias, mas ele percebia que a voz estava ficando cada vez mais aflita. Constantino não contava nada pra ninguém, pois tinha medo de ser taxado como doido, todavia, esta situação começou a incomodá-lo de tal maneira, que ele resolveu contar pro Pe. Rafael: Padre, de vez em quando, eu ouço uma voz bem baixinha, pedindo socorro, vindas de todas as partes da igreja, o que será? Estou ficando com medo!. Não é nada não, filho, isto é coisa da sua cabeça, você tem trabalhado muito, vou lhe dar umas férias, e, quando você voltar pro trabalho, verá que foi tudo da sua imaginação!. Constantino não deu muito crédito às palavras do sacerdote, mas resolveu seguir os seus conselhos. E assim, de volta das férias, Constantino voltou à labuta mais revigorado. Na primeira semana não lhe aconteceu nada, no entanto, num dia chuvoso, Constantino, enquanto limpava a imagem de Nossa Senhora da Piedade, ouviu: Me tire daqui, me tire daqui... Desta vez, a voz estava mais forte e muito aflita. Com tamanho susto, Constantino largou o que estava fazendo, e saiu correndo até a casa paroquial. Padre Rafael se assustou, ao vê-lo transtornado, correu na cozinha e lhe deu um copo d'água para se acalmar: Padre, desta vez a voz foi mais forte, eu acho que estou ficando louco, não sei o que fazer!. Calma, calma, tudo tem solução, vou chamar o Doutor Francisco. Já mais tranquilo, Constantino se manifestou: Doutor, o que eu tenho?. Nada, tome este remédio, você vai melhorar!. E assim, Constantino se recuperou rapidinho, e voltou a trabalhar com afinco. O tempo passou, e como o Constantino, alguns fieis começaram também a ouvir a voz na igreja. Sabendo disso, Constantino viu que não era só ele e, deste modo, se aquietou, mas o padre começou a ficar muito preocupado, e decidiu por conta própria, desvendar este mistério, e assim, até Centros Espíritas e Terreiros de Umbanda andou frequentando, escondido dos fieis, mas nada. A  cidade inteira ficou sabendo de tudo, e a Matriz ganhou a fama de mal assombrada, até num dia que um professor de História aposentado resolveu voltar pra sua terrinha. E deste modo, logo logo se inteirou do caso sem solução, e resolveu ajudar, e, a primeira coisa que fez foi pedir permissão pra ter acesso aos livros mais antigos da igreja. Com o aval do pároco, o historiador começou a estudar antigos manuscritos. O trabalho foi bastante árduo, até que um dia, Eureca!, uma pista surgiu, e, imediatamente mandou o padre arrumar  um pedreiro, o sacerdote não entendeu nada, mas acatou a ordem recebida, e, com o consentimento do Bispo Dom Avelar, o professor foi até o lado esquerdo do altar-mor, e mandou abrir a parede com o cuidado de um arqueólogo meticuloso pra não afetar o que estava dentro dela. Ao lado do professor, estavam o padre, o Constantino e alguns fieis pra não criar tumulto. Desta maneira, o pedreiro continuou o seu trabalho sob a orientação do professor até que num dado momento bateu com a pazinha em algo mais duro, e, terminando o trabalho, todo mundo ficou petrificado com o que viu, ou seja, um esqueleto humano inteirinho, certamente o de um escravo.

NOTA: Os mais velhos contam que depois disso ninguém ouviu mais a voz pedindo socorro, e que o Padre Rafael celebrou uma Missa, com o, digo, esqueleto presente, pela alma do pobre escravo que foi emparedado vivo. A maldade humana não tem limite, e o pior, tem muita gente ruim que, no lugar do coração tem uma pedra.

AWF 2022

segunda-feira, 20 de junho de 2022

DE COMO ALCEBÍADES, COVEIRO E ZELADOR DO CEMITÉRIO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, SURPREENDEU A SUA COMUNIDADE, REVELANDO A SUA VERDADEIRA IDENTIDADE.



Recém chegado no arraial, Alcebíades trabalhava no Cemitério da Igreja Nossa Senhora da Conceição, como zelador e coveiro. Este lugarejo era bem pequeno, e, dizem que no século XIX, fora uma vila que tinha jornal, O Lutador, e até Padre com Casa Paroquial, além de muitas histórias estranhas envolvendo mortos. Sendo assim, Alcebíades pegava no trabalho de manhãzinha e ia até a tardinha, no momento exato, em que o Sol descia atrás do Mar de Morros, que envolvia toda a região, causando assim uma boa vista, que encantava a todos, principalmente aqueles e aquelas que valorizavam o hábito de prestar a atenção nas coisas produzidas pela Mãe Natura. Sem dúvida, era realmente um lugar muito pacato, porém, não se sabe como, barulhos estranhos no Campo Santo, a partir das 3 horas até às 4 da madrugada, começaram a assustar o povoado. Era a chamada, Hora Morta pelos místicos e supersticiosos, pois tratava-se de um momento que nos torna mais vulneráveis a ações espirituais, por causa da Glândula Pineal, situada no centro do cérebro, que nesta hora se abre para o Outro Mundo. Enquanto isto os barulhos estranhos continuaram a provocar muito pavor e, isso começou a fazer mal ao Alcebíades, um homem bom e prestativo, que passou a se sentir culpado, porque nada acontecia com ele, pois dormia como uma pedra. No entanto, inconsolado, ele resolveu investigar o que estava acontecendo, e para isso, resolveu passar a noite dentro da Capelinha Mortuária, para constatar qualquer coisa além do normal, entre as tumbas silenciosas, quase invisíveis na escuridão noturna. Infelizmente, o Alcebíades não desvendou nada, porque sempre acabava dormindo, e, para piorar, as pessoas continuaram a reclamar do instante sinistro das 3 horas, o qual não deixava ninguém dormir direito. O ruim era que a situação funesta sempre se repetia, tornando Alcebíades ainda mais infeliz, e, sem saber o que fazer, continuava a se sentir o responsável de tudo o que estava acontecendo, com aquela pobre gente, até porque, anos se passavam, e a história continuava a mesma, e, ele não tinha a menor dúvida que a danação era por causa dele, causando-lhe, então, uma tristeza profunda, por não poder fazer nada. Mediante a tudo isso, numa tarde ensolarada, do nada surgiu um homem na localidade que se manifestou como Padre Ismael, dizendo que queria celebrar uma Missa na Matriz, e fazer uma Homilia (discurso ao povo), com a permissão do pároco local, porque tinha algo muito importante a proferir para aquela gente sofrida. E assim, com este argumento, a notícia se espalhou como um raio, tanto assim, que no dia da Missa, o templo estava lotado, com o Alcebíades sentado no primeiro banco. E a partir daí, tudo era expectativa, e, chegada a hora, o estranho Sacerdote no Altar de Deus começou a rezar a Santa Missa, com a ajuda do Pe. Vinicius, pároco da pequena comunidade. Desta feita, tudo corria tranquilo até na hora em que todo  mundo se assentou para ouvir a Homilia do desconhecido Ministro de Deus, a qual foi introduzida assim, Irmãos e irmãs, eu vou ser breve, pois é, vocês sabem que o Todo Poderoso não gosta de ninguém contrariando suas ordens, porque deste modo, as forças do mal começam a se manifestarem perigosamente, e, muitas das vezes, o castigo não cai só no algoz, cai também na vítima, mesmo sendo inocente, portanto, antes de praticar uma maldade, devemos pensar nos outros. E assim, num dado momento da prática, o enigmático Sacerdote fez uma pausa prolongada, e depois, olhando pro Alcebíades, disse, Filho, venha até o altar!. E virando pros fieis, falou em voz alta, Vejam!, o Alcebíades, neste ápice, não sabe ainda quem é realmente, o Senhor apagou a sua memória, como castigo. Pois é, ao pronunciar o nome do rapaz, todo mundo se assustou num sussurro só, Como ele conhecia o Alcebíades?. Depois do grande reboliço, Pe. Ismael continuou, Alcebíades, o seu nome verdadeiro é Samuel, sua penitência acabou, e eu estou aqui, em nome de Deus, pra resgatá-lo!. Falando desta maneira, deu-lhe um forte abraço, e, milagrosamente, um par de asas angelicais brancas e enormes surgiram em cada um, e alçando voo imediatamente, atravessando o teto da igreja, e, neste ínterim, os do lado de fora da Casa Santa testemunharam um resplandecente facho de luz, saindo de cima da dita cuja, em direção ao Céu coberto de Estrelas reluzentes

NOTA: Até hoje, nesta localidade da Zona da Mata Mineira, os mais velhos contam que os fieis ficaram paralisados no recinto sagrado, devido a visão angelical, por um bom tempo, saindo depois todos numa excitação extrema pra suas casas. Depois desta feita, a comunidade nunca mais acordou às 3 horas da madrugada, tornando-se, assim, muito feliz por ter colaborada, mesmo sem saber, com o resgate de um Anjo Caído.

AWF 2022

sexta-feira, 17 de junho de 2022

DE COMO UMA MENININHA NEGRA DE 5 ANOS DEIXOU EM POLVOROSA UMA CIDADEZINHA MINEIRA NO SÉCULO XIX EM PLENO GOVERNO DE D. PEDRO II.

 


Numa pequena cidade do interior de Minas, cujo nome não me lembro, tem uma lenda intrigante. Trata-se de uma menina negra de 5 anos, que aparecia toda de branco na igreja matriz durante a missa.
Conta a lenda que isso aconteceu por volta de 1879, na época do Padre Eustáquio, homem bom e muito querido na paróquia.
Então, essa criança começou a surgir só pro sacerdote, durante a Consagração da Hóstia, na hora em que os fiéis abaixavam a cabeça. Sua aparição era sempre na porta principal do templo.
Quando ela aparecia, esboçava um sorriso triste, depois subia correndo a escada que dava pra área do coral, indo em direção à torre do sino.
No início, Padre Eustáquio não contou nada pra ninguém, todavia, isso começou a perturbá-lo de tal modo, que acabou relatando tudo pros seus paroquianos, e, a partir daí, todo mundo ficou atento, mas ninguém via nada, somente o pároco.
Certa vez, o padre pediu pro sacristão ficar na torre do sino, esperando pela garotinha, e mesmo assim, não deu certo.
Acontece que o pessoal da cidade começou a ficar muito agitado com essa situação e, pra piorar, a presença de muita gente das cidade vizinhas se transformou numa enorme preocupação para o Alcaide.
Padre Eustáquio, por sua vez, resolveu contar pro Bispo Diocesano Dom Gerardo, e assim, surgiu a ideia de enviar outro padre, quem sabe, talvez ela só aparece para um Ministro de Deus. Infelizmente não deu certo e o problema continuou se agravando cada vez mais. Já não podia entrar mais ninguém na cidade, faltava alimento e lugar para as pessoas pernoitarem. Muitos soldados foram deslocados para a cidade pelo Governo Imperial para manter a ordem.
Mediante a tudo isso, Padre Eustáquio adoeceu e ficou pra morrer. Deste modo, a menina parou de aparecer durante as missas celebradas por outros padres. A cidade começou a voltar ao seu normal, Muita gente já nem falava mais sobre a aparição da menininha.
Conta-se que Pe. Eustáquio se recuperou milagrosamente e pediu ao Bispo que o transferisse pra outra paróquia, mas antes, iria celebrar a última missa, como agradecimento aos seus paroquianos. Muitos tentaram tirar esta ideia da cabeça dele, todavia, ele foi categórico: Com a menina ou não, vou celebrar esta missa!. E assim cumpriu o seu desejo.
Os mais antigos falam que esta história era muito contada pelos seus avós. Segundo eles, nessa missa de despedida, no momento da Consagração, Pe. Eustáquio teve uma ataque do coração fulminante, e caiu de bruços no altar, e, nesse instante aterrorizador, todo mundo na igreja viu uma menina negra, toda de branco, entrando pela porta principal, sorrindo e correndo em direção ao corpo já sem vida do sacerdote, desaparecendo logo em seguida.
Pois é, o que aconteceu depois, fica por conta da sua imaginação.
NOTA: Alcaide era o nome do que hoje chamamos de Prefeito, tinha poderes limitados, no tempo do Imperador D. Pedro II.

Anibal Werneck de Freitas, em 06.06.2022.

sábado, 21 de maio de 2022

DEUS MAGNUS EST


Deus magnus est. Homo semper Deum sentiet. Latinum est lingua Dei. Oratio in Latino fortior est. Disce orationem Latinam et magnas viros senties. Latine cotidie precor. Librum habeo, qui me multum adiuvat cum Deo loqui. Fac quod dico et videbis!

Deus é grande. O homem sempre sentirá Deus. O Latim é a língua de Deus. A reza em Latim é mais forte. Aprenda uma oração em Latim e sentirá uma força muito grande. Eu rezo em Latim todos os dias. Tenho um livro que me ajuda muito nas horas que falo com Deus. Faça o que eu digo e verá!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

O ROSTO DE DEUS (Roger Scruton)

 


O escritor Roger Scruton de linha bastante conservadora, escreveu o livro, O ROSTO DE DEUS, um sucesso editorial que nos leva de forma profunda a conceituar Deus. Acontece que ele nos deixa muita pista para o questionamento. Segundo o autor, o mundo tecnológico afastou o Homem de Deus na sua origem e consequentemente os ateus são os que mais se preocupam com Deus porque o perderam na transcendência. Na verdade, ele aponta duas grandes preocupações: O consumismo desenfreado e a falta de recursos naturais, nos mostrando que é neste ponto crucial que o Homem deveria se preocupar com a religião porque ela nos mostra a presença da Alma do Mundo, ou seja, Deus. Seguindo o  raciocínio  do filósofo René Girard, sua obra se divide em: O fenômeno religioso e a experiência do Sagrado. Portanto, saindo um pouco do contexto, é bom lembrar que a nossa consciência traduzida pelos religiosos como a voz de Deus é apenas uma forma da Natureza canalizar nossa inteligência, ora para o bem, ora para o mal. Já os animais apenas os instintos. Digo isso porque a consciência é matéria, e, as experiências quânticas nos mostram que as coisas abstratas têm átomos, inclusive a nossa própria alma. É como dizia o filósofo Demócrito (460 – 370 a. C.): O nada existe, exceto átomos e espaço vazio. Pois é, mas quando o Homem se depara com o vazio, ele perde o Rosto de Deus, já o ateu tenta escapar Dele. Portanto isto é apenas um fenômeno intelectual, que expressa uma descrença em Deus, mas também um fenômeno moral que envolve um distanciar-se de Deus, e, nesta ponderação, Roger Scruton tem razão. Tanto assim, que devemos ressaltar que em momento algum o autor deixa de excluir a ciência, quando faz a seguinte pergunta: Em relação ao mistério da Vida, será a Ciência, e não a Religião, quem vai dar essa resposta?

Anibal Werneck de Freitas, JF, 12.01.2022

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

EDUARDO HENRIQUES & EU

  

 

Vasculhando o meu alfarrábio descobri por acaso esta foto do amigo e grande músico Eduardo Henriques ensaiando comigo em sua casa quando morava em Juiz de Fora. Hoje ele reside em Cataguases. Na ocasião estávamos nos preparando para o Encontro dos Ex-Seminaristas de Leopoldina, em 2015. Bons tempos aqueles sem pandemia e que vale a pena relembrar.

Anibal, em 11.01.2022

sábado, 8 de janeiro de 2022

FINITO E INFINITO.


Eu não sou ateu e muito menos agnóstico. Nem deísta também. Pois o Deísmo é a parte da filosofia que afirma que a existência de Deus pode ser constatada através da razão, rejeitando qualquer crença religiosa e os deístas afirmam que Deus criou o universo com tudo o que está nele deixando que siga seu curso natural sem qualquer outra intervenção da Sua parte. Enfim. Voltando no início. O ateu não acredita em Deus e pronto! Já o agnóstico aceita que Ele possa existir. Na verdade, sobre estas questões eu sou cético. Leio livros de autores crentes e descrentes e cada vez mais concretizo este meu lado questionador. Disso não tenho a menor dúvida. Sei que a crença traz uma certa paz de espírito e no meu caso é bastante belicoso. No entanto esta preocupação metafísica é muito importante para o crescimento humano. Aristóteles nos deixa bem claro que a metafísica é caracterizada pela investigação das realidades que transcendem a experiência sensível e Kant complementa dizendo que a metafísica é o estudo das formas ou leis constitutivas da razão, fundamento de toda especulação a respeito de realidades suprassensíveis. Em outras palavras percebemos nitidamente duas realidades como a que vemos e a que não vemos. Portanto não podemos sair por aí dizendo radicalmente que Deus existe ou não existe. Quem somos nós que estamos sempre medindo o infinito pelo finito? Deus é um conceito complexo que existe em todas as línguas mostrando-nos uma preocupação desde os primórdios da humanidade. Sei que tudo neste mundo tem o seu autor segundo as religiões. O problema é que quando chegamos neste patamar metafísico não conseguimos traduzir o infinito pelo finito. Todas as provas da existência ou não de Deus infelizmente são finitas. No entanto isso não significa que devemos parar de tentar vasculhar o Divino. Até porque nós sentimos que fazemos parte dele. Onde acredito ser esta a razão principal da Vida.

Anibal Werneck de Freitas, em 08.01.2022


ORATIO AD SANCTO EXPEDITO