quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

O ROSTO DE DEUS (Roger Scruton)

 


O escritor Roger Scruton de linha bastante conservadora, escreveu o livro, O ROSTO DE DEUS, um sucesso editorial que nos leva de forma profunda a conceituar Deus. Acontece que ele nos deixa muita pista para o questionamento. Segundo o autor, o mundo tecnológico afastou o Homem de Deus na sua origem e consequentemente os ateus são os que mais se preocupam com Deus porque o perderam na transcendência. Na verdade, ele aponta duas grandes preocupações: O consumismo desenfreado e a falta de recursos naturais, nos mostrando que é neste ponto crucial que o Homem deveria se preocupar com a religião porque ela nos mostra a presença da Alma do Mundo, ou seja, Deus. Seguindo o  raciocínio  do filósofo René Girard, sua obra se divide em: O fenômeno religioso e a experiência do Sagrado. Portanto, saindo um pouco do contexto, é bom lembrar que a nossa consciência traduzida pelos religiosos como a voz de Deus é apenas uma forma da Natureza canalizar nossa inteligência, ora para o bem, ora para o mal. Já os animais apenas os instintos. Digo isso porque a consciência é matéria, e, as experiências quânticas nos mostram que as coisas abstratas têm átomos, inclusive a nossa própria alma. É como dizia o filósofo Demócrito (460 – 370 a. C.): O nada existe, exceto átomos e espaço vazio. Pois é, mas quando o Homem se depara com o vazio, ele perde o Rosto de Deus, já o ateu tenta escapar Dele. Portanto isto é apenas um fenômeno intelectual, que expressa uma descrença em Deus, mas também um fenômeno moral que envolve um distanciar-se de Deus, e, nesta ponderação, Roger Scruton tem razão. Tanto assim, que devemos ressaltar que em momento algum o autor deixa de excluir a ciência, quando faz a seguinte pergunta: Em relação ao mistério da Vida, será a Ciência, e não a Religião, quem vai dar essa resposta?

Anibal Werneck de Freitas, JF, 12.01.2022

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ORATIO AD SANCTO EXPEDITO