Nascido em São Sebastião
do Paraíso a 03/04/1912, veio para Leopoldina em 1963. Foi Cura da Catedral
desde 1965 e Coordenador da Pastoral da Diocesana desde 1974. Fez seus estudos de
Humanidades e Filosofia no Seminário de Guaxupé, Teologia no de Belo Horizonte
e, ainda neste último, especialização em Psicologia e Sociologia.
Lecionou na C.A.D.E.S. e no Colégio São Luiz
de Guaxupé, no Colégio Estadual São José do Rio Pardo , no Seminário Diocesano
Nossa Senhora Aparecida, de Leopoldina e na Faculdade Santa Marcelina, de
Muriaé. Foi professor de Língua Portuguesa, Francês, Literatura Francesa e de
Moral e Cívica, chegou também a dar aula de Latim no Seminário N. S. Aparecida,
de Leopoldina, cuja língua falava fluentemente e aposentou-se no Colégio
Estadual Botelho Reis, onde trabalhou no período de 1963 a 1982.
Gerardo Naves foi, também,
Capelão da Marinha de Pesca em Arrais das baias de Ilha Grande, Sepetiba e
Recôncavos.
Músico, teatrólogo, poeta
e prosador, suas obras eram assinadas pelo pseudônimo, Alberto M. Alves, minha
mãe Wanda, segundo ela, chegou a ouvir uma novela dele pelo rádio.
Certa vez, eu estava no
Clube de Leopoldina com o Naves e de repente apareceu uma dupla sertaneja com
um LP nas mãos, estavam programando um show no clube, deste modo, o cônego
aproximou-se deles e pediu para ver um disco da dupla, na mesma hora, ele [o
Cônego Naves], me mostrou a segunda capa do LP e na relação das músicas
gravadas estavam duas com a assinatura, Alberto M. Alves, ele sorriu pra mim,
entregou o disco à dupla e em seguida, simplesmente, os agradeceu. Outra feita
foi em Ubá(MG), estávamos caminhando para uma igreja, eu, o Naves e alguns
seminaristas, e dentro do templo, um coral estava ensaiando uma música para a
missa, pois, é, o Cônego Naves simplesmente virou pra gente e disse: - Esta
música fui eu que compus. Assim era o grande artista que ele foi.
Eu já não estava mais no
seminário quando, certa vez, recebi a
notícia de que ele tinha ganhado cinco prêmios na Europa, onze na América do
Sul e oito no Brasil.
Ele é o autor do Hino de
Leopoldina (Letra e Música).
Em 1954, ganhou o concurso
de música erudita do Conservatório de Paris; e, em 1982, comemorando o 20º
aniversário daquele concurso, foram convidados 20 mestres da música
internacional para julgarem as 19 peças anteriormente vencedoras, saindo-se
vitoriosa a composição do Monsenhor Gerardo Naves. Além de tudo isso, como
escritor, publicou prosas e versos na ANTOLOGIA LEOPOLDINENSE de 1982.
Segundo o Necrológico da
Diocese de Leopoldina(MG), o Monsenhor Gerardo Naves faleceu em 23 de maio de
1985, na cidade de São Sebastião do Paraíso(MG), justamente onde nasceu, aos 73
anos, morreu, praticamente, para os padrões de hoje, fora do combinado, segundo
o Boldrin, poderia ter produzido mais, não que eu tenha alguma coisa contra os
fumantes, o Cônego Naves fumava muito e o seu cigarro preferido era o Capri,
cujo maço era pequeno e todo vermelho.
*Algumas informações foram tiradas da ANTOLOGOGIA
LEOPOLDINENSE e, também, do site da DIOCESE DE LEOPOLDINA(MG).
Anibal Werneck de Freitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário