Numa entrevista, o médico Drauzio Varella ficou indignado com a reação da pessoa que lhe perguntou se ele era ateu. A impressão do doutor foi a de que ele, de repente, virou um bandido, quando sua resposta foi, sim. Não sei porque o cristão é tão intolerante num momento em que ele poderia agir como manda o Evangelho, ou seja, aceitando a adversidade do outro.
Cristo, também, nos mostra a sua preocupação para com o preconceito do religioso, onde, na parábola do Bom Samaritano, um irreligioso socorre uma vítima assaltada por ladrões, ignorada anteriormente por dois tementes à Deus.
Pascal, um grande filósofo da Igreja Católica, dizia que a única diferença que existe entre o cristão e o ateu é, que um, crê e o outro, não. Ambos são seres humanos com defeitos e virtudes.
Eu, particularmente, tenho inveja de quem acredita. Chego até a admirar as pessoas que continuam dando graças à Deus, após sofrerem danos irreparáveis.
Pois bem, desta feita, sou obrigado a dizer que, aqui no Face, eu sinto a indiferença, quando escrevo sobre a minha maneira de pensar. Parece que estou fazendo algo terrível. É realmente
lastimável. Não deveria ser assim. As pessoas poderiam me questionar, mostrando-se mais flexíveis. Afinal, não estou ofendendo ninguém.
Por outro lado, quero deixar bem claro que não pretendo agradar ninguém dizendo coisas que eu não acredito. A falsidade é a pior coisa que existe.
Sofrivelmente, o preconceito contra o ateu, segundo pesquisas, está acima dos demais, no mundo todo. Olha, eu esperava mais deste século XXI. Pior, acho que estamos regredindo nesta questão.
anibal werneck de freitas.
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