domingo, 7 de abril de 2019
EU E O GOLPE DE 64 [I]
Ontem, eu vi o Carlos Alberto de Nóbrega, na televisão, no Altas Horas, alertando os jovens, Gente, vocês não sabem o que é uma ditadura, um grupinho numa esquina pode parar na prisão facilmente, vocês não podem nem abrir a boca pra se defenderem, eu tenho filhos e netos, tenho muito medo que ela volte, é realmente algo inconcebível.
Pois é, eu que vivi, praticamente, toda a minha juventude, neste período sombrio, de 1964 até 1985, sofri na pele inúmeras vezes o peso deste poder fascista e, pasmem, em pleno anonimato.
Continuando, a primeira vez que senti, foi quando eu estudava no Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, de Leopoldina(MG).
Na ocasião, para expor num quadro mural, eu fazia uns desenhos e recortava charges de jornais, que criticavam o Presidente Jango.
Até aí, tudo bem. O problema foi, no dia do Golpe Militar, em 31/03/1964, uma ordem que os padres receberam, sei lá de quem, proibindo os seminaristas de voltarem pra casa. Confesso que fiquei temeroso. Naquele dia, vi o país parar e ninguém sabia o que fazer.
NOTA, Na foto, a fachada do prédio do Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, de Leopoldina(MG).
Anibal Werneckfreitas, em 07/04/2019.
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