Pode lhe parecer muito
estranho tratar da morte no lugar da vida, isso porque ela nos passa a ideia de
que tudo se acabou, virou nada, enfim, deixou de existir. Pois bem, é aí que
você se engana, a morte não é o fim, é sempre o começo. Veja bem, vamos
levar em conta o Universo, o que existia antes dele, supomos um Universo que
teve a sua morte para justamente iniciar outro, ou seja, o nosso.
Amigo, não se iluda, este
mundo em que vivemos terá, também, a sua morte para que outro, se torne
realidade e assim será eternamente. O que estou querendo dizer é que a morte é
um momento de transição, nada está parado, tudo se move, e neste motocontínuo,
as coisas vão se desgastando e precisam ser renovadas, aí chega a morte para
desencadear o processo existencial de tudo isso, não existe coisa mais natural
do que a morte, neste vai e vem, nada se perde, tudo se transforma, o que
continua de forma ininterrupta é a vida, a morte que nós vemos é apenas a do
corpo, acontece que existe o espírito totalmente incólume a este processo, sendo assim, a
morte não existe, melhor dizendo, nem a do corpo, que, certamente, se
transformará em outras substâncias da Natureza, que, sabiamente, irá
aproveitá-las, até mesmo as cinzas do crematório, continuam tendo ingredientes
necessários à continuação da vida, resumindo, a morte não existe, ela é apenas
um portal dentro da vida.
Anibal Werneck de Freitas.
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